quinta-feira, 16 de abril de 2009

Anefac: juro cai em março para menor nível desde julho

A taxa de juros cobrada de consumidores e empresas no País atingiu em março o menor nível desde julho de 2008, aponta pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Houve redução no custo dos empréstimos em todas as modalidades, exceto no cartão de crédito para pessoa física, que permaneceu com as condições de fevereiro. Os juros médios para pessoa física caíram de 137,38% ao ano em fevereiro para 135,27% ao ano em março - uma diferença de 2,11 pontos porcentuais. Para a pessoa jurídica, a redução foi de 66,69% ao ano para 65,16% - queda de 1,53 ponto porcentual.



A modalidade de crédito para pessoa física que registrou a maior diferença de juros anuais de um mês para o outro é a que cobra as taxas mais elevadas: o empréstimo pessoal nas financeiras, que passou de 268,83% para 263,71% - uma diferença de 5,12 pontos porcentuais. Mesmo com a taxa mais baixa, se um consumidor pegar R$ 1 mil emprestado, terá de devolver à financeira R$ 3.637,10 após um ano. Para as empresas, a maior redução se deu no crédito para capital de giro, que passou de 59,55% ao ano para 57,90%.



O patamar dos juros cobrados pelas instituições financeiras continua distante da taxa básica da economia, a Selic, que sofreu dois cortes desde dezembro de 2008 e está em 11,25% ao ano. A Anefac comparou as oscilações da Selic e da taxa anual dos bancos de setembro de 2005 a março de 2009. Enquanto a Selic passou de 19,75% para 11,25%, o juro médio para pessoa física passou de 141,12% para 135,27% e para a pessoa jurídica caiu de 68,23% para 65,16%.



A pesquisa mostra ainda que o prazo dos financiamentos em bancos, financeiras e comércio encurtou em até um ano, o que indica cautela. Em março de 2008 o prazo máximo era de 36 meses e em março de 2009 passou para 24 meses. O prazo médio das dívidas caiu de 18 meses para 12 meses. Os prazos máximo e médio do financiamento de veículos seguiram a mesma tendência. No ano passado a aquisição era parcelada em até 72 vezes e neste ano não passa de 60 vezes. O prazo médio caiu de 42 meses para 33 meses.



Crediário



Fazer uma compra no crediário continua saindo mais caro no Rio Grande do Sul do que em outros seis Estados e Brasília. A taxa de juros média anual de uma compra parcelada para o gaúcho é de 114,35%, enquanto para o paulista é de 91,20%. A média nacional para essa modalidade de crédito ficou em 105,36% ao ano em março.



A Anefac comparou os juros do crediário por setor de comércio no País. Os parcelamentos mais caros são feitos pelas lojas de artigos de ginástica (181,27% ao ano), decoração (172,72%) e artigos para o lar (157,76%). Os menos caros estão nas lojas de veículos (41,25%), empresas de turismo (63,84%) e grandes redes (64,97%).

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